FRENTE PRÓ-PETRÓPOLIS / FPP
ATA DA REUNIÃO DE 06.03.12
FIRJAN, DAS 09:00 ÀS 12:00H
I – PRESENÇAS E DATA PRÓXIMA
REUNIÃO
Informaram
sobre impossibilidade de comparecimento Josília, Maria Helena e Gilda Jorge, e
José Afonso informou que se daria um tempo de reflexão, face aos últimos
acontecimentos. Estiveram presentes: Neyse de Aguiar Lioy/29 de Junho; Humberto
Fadini/Lions Quitandinha; Carlos Eduardo da Cunha Pereira/NovAmosanta,
ComCidade e GAPA; Elizier Vieira Borges/Vale do Cuiabá; silmas Fortes/Bonfim;
Carlos Alvarães/OAB; Pr. Oldemar Dressler/OMEBE; Pr. Luiz Carlos Santos de
Paula/OMEBE; Jonny Klemperer/FIRJAN; Francisco A. Eccard/APM; Sandra
Gioia/Acorda Petrópolis; Rolf Dieringer/CG Dadosmunicipais; Philippe
Guédon/AADA. 13 presenças. A próxima reunião terá lugar na terça 13 de março,
das 09:00 às 12:00h pontuais.
II – JFK
Como
foram distribuídas a todos as atas da FPP de 28.02 e do CC-LPP de 29.02, além
da pauta de hoje, a compreensão dos fatos ocorridos é bem clara e geral.
Philippe Guédon trouxe o acontecido à baila, acrescentando o amável telefonema
recebido de Henrique Ahrends na sexta feira. Jonny acrescentou que Charles teme
o tumulto que a Autarquia Participativa poderia trazer no campo da política
salarial da PMP, mas não tem resposta para as inquietações que o tratamento
dispensado pelo Governo ao SEHAC geram, nem se manifesta sobre a declaração de
Alvarães/OAB que entende, e muitos outros com ele, que o SSA não tem amparo
legal para ser usado em matéria de planejamento. Jonny acrescenta que não
pautou o JFK para a reunião de amanhã; a não ser que membro ou membros do
Governo voltem ao assunto, nós reconhecemos o impasse provocado pela postura de
Charles e não temos o que acrescentar. Carlos Eduardo diz que se vê como um
trainee da participação popular. Estava sentado no CC-LPP ao lado de Philippe
Guédon e ficou com a impressão que o Governo não deseja a participação, mas
apenas servir-se da Sociedade organizada, como foi o caso, entre outros
episódios, quando da apresentação do projeto de lei da coordenadoria
constitucional à Câmara. Ressaltou o silêncio do Secretário Charles após a
intervenção de Philippe Guédon, silêncio que deixava para a interpretação de
cada um. No seu entender, essa questão da escolha entre SSA e Autarquia
Participativa deveria ser levada para a Imprensa e para a opinião pública, pois
se todos desejam o melhor, que todos estejam informados. A FPP não tem que
abrir mão de nada, até porque os Governos passam a cada 4 anos, mas Petrópolis
permanece. Entende que Philippe deva continuar coordenando a FPP, embora
compreenda que não queira voltar às reuniões do CC-LPP. Alvarães disse que saiu
preocupado da reunião, e passou este final de semana pensando no tema. Chocou-o
que o Governo não tivesse apresentado uma única proposta até aqui, uma única
linha escrita., e se mostrasse tão fechado à colaboração da Sociedade, no caso
através da FPP. Alvarães propõe a instituição de uma entidade de direito
privado, para que possamos começar a desenvolver trabalhos, começando por um
primeiro tema e depois, conforme o êxito, nos dediquemos a abrir o leque,
obtendo apoios oficiais. Querer trabalhar junto com o Poder Público, como
acabamos de ver uma vez mais, é muito difícil. O importante é cuidarmos do
esvaziamento da cidade, que afugenta nossos filhos. Alvarães cita a experiência
que teve, junto com Fadini, na Pestalozzi, e acha que, em vez de perdermos tempo, devemos trabalhar
buscando metas factíveis, designando gerentes para cada tarefa. No caso do JFK,
se o Governo insistir em apresentar o modelo SSA, será fácil demonstrar que não
tem sustentação legal, o que melhor poderá ser feito junto à Câmara dos
Vereadores. As eleições se sucedem, os nomes são diferentes, mas as práticas
continuam as mesmas. Humberto Fadini
considera que o ponto crucial consiste em não aceitarmos a criação de novos
órgãos da PMP e o Governo recusar-se a estudar qualquer alteração neste ano
eleitoral. Assim, não dá liga. Jonny
propõe a Alvarães que escreva uma página sobre a sua proposta e a distribua a
todos e Alvarães concorda. Silmar acha que devemos fortalecer a proposta do
JFK, sem perdermos um pouco do foco com outras iniciativas. Deixemos o debate
SSA x Autarquia Participativa ter lugar na Câmara e levemos para o Legislativo
as nossas posições. Philippe fala do sério problema do déficit atuarial, cita
os números mais recentes e Silmar pede que lhes sejam remetidos por e-mail (já
feito). Silmar acrescenta que no INPAS acham que tudo está tranqüilo, por
estarem em dia, mas o agravamento da situação é patente através das LDOs. O
Pastor Luiz Carlos diz que esteve em Manaus e lá constatou que o Estado de
Amazonas adota posições corajosas, enfrentando organizações até federais quando
entende necessário. Aqui, estamos sendo prejudicados (tombamentos, laudêmio, e
outras limitações) e o Governo prefere se fechar a adotar medidas ousadas.
Alvarães lembra frase do dr. Ulysses que dizia que nenhuma reunião deve ser
aberta sem se saber, antes, para onde ela conduz. O Pastor entende que devemos
priorizar os temas que favorecem a cidadania, usando da coragem necessária.
Jonny irá, pois, amanhã e na companhia de Alvarães, Carlos Eduardo e dos
Suplentes Neyse, Josília e Yara, à reunião do CC-LPP e repassará as informações
sobre a linha de conduta adotada pelo Governo quanto á questão JFK. A FPP
permanece na mesma posição resultante da votação na semana passada; aguardamos
argumentos, contrários ou a favor, mas não aceitamos o menosprezo à
participação plena, que pode ser anulada porque uma pessoa pensa de modo
diverso. Philippe cita a visita que recebeu de Juvenil, da campanha Rubens
Bomtempo, que deixou claro respeitar a postura de apoio ao atual Governo dos
que lhe são simpáticos e não desejar alterar o que quer que seja nesse sentido,
e Jonny pede que pensemos em receber os pré-Candidatos, talvez depois de
distribuirmos um documento da FPP aos mesmos. Questão a ser vista em próximas
reuniões.
III
– PDP
É relatada a parte da última reunião do CC-LPP que
tratou do assunto. - ver ata do CC-LPP de 29 02 12. Jonny fez questão de reunir-se
com Pedro Carlos (Collares estava fora de Petrópolis) e comunicar-lhe as
dificuldades encontradas. Ficará um certo aborrecimento pelas idas e vindas do
Governo em termos de custeio. Pedro Carlos elogiou muito o nome de Ephim
Shluger, que será o “gerente” do PDP. Os Companheiros que representam a
Sociedade Civil no CC-LPP pensam que a reunião de amanhã será muito
esclarecedora e que ficaremos sabendo como iremos caminhar até a conclusão do
projeto. Jonny informou, também, que Henrique disse estar mantendo reuniões
regulares com a equipe técnica da CPTrans sobre o PSMU. Jonny anotou a
lembrança da FPP para saber se o Governo conseguiu a cópia dos trabalhos do IPT
de São Paulo.
IV
– Vale do Cuiabá
Com
a presença fraterna do Companheiro Elizier Vieira Borges, que Philippe conheceu
como Presidente da AM Vale do Cuiabá há muitos anos atrás (tel.: 2222 74 05),
falou-se, primeiro, sobre a reunião organizada no sábado pelo Lions Quitandinha
e à qual foram convidados Philippe Guédon e José Quintella por Humberto Fadini.
A seguir, falamos sobre o calendário das reuniões que interessam o Vale do
Cuiabá, e que assim pode ser descrito: - todas as terças, a Comunidade se reúne
às 18, Igreja Santa Therezinha, com o CDDH (Sérgio, Francine) presente.
Companheiros nossos têm se feito presentes, e ressalto a presença do Pastor
Adilson. Ontem, dia 05, uma delegação de técnicos à volta de Luiz Antonio
Amaral, atendeu ao pedido do Dr. Vinicius encaminhado pela FPP, e visitou a
localidade, seguindo o curso dos rios e indo até as suas cabeceiras. Visitaram
também o Buraco do Sapo onde constataram a absoluta falta de critérios do INEA,
pois casas vizinhas foram, classificadas uma
como “segura”, e a casa ficou debaixo da lama, e a outra como “opcional”,
e a casa de dois andares serviu de abrigo para muitas famílias... A caravana
foi composta por: Rolf Dieringer
engenheiro agrônomo (APEA), Robson Gaiofatto engenheiro civil (APEA e UCP), Mario Bandarra engenheiro civil e sanitarista (APEA),
Adacto Othoni engenheiro civil e sanitarista (CREA/RJ), Luiz Amaral Arquiteto e urbanista (APEA e CAU/RJ),
José Quintella, presidente da AM do Vale do Cuiabá e Cleveland Jones, da UERJ.
Rolf, presente à reunião da FPP, contou que os integrantes do grupo saíram de
Petrópolis às 9 horas encontrando-se com Quintella no local. Usaram, inclusive,
os mapas das áreas de escorregamento elaborados por nossa Companheira Yara
Valverde. O Inspetor Adacto, do CREA, ficou perplexo com muitas coisas que viu.
Quintella acompanhou toda a visita, indicou pontos específicos, ajudou muito.
Rolf levou fotos e material para facilitar as análises. Ocorreram razões de
espanto como no Buraco do Sapo, quando Quintella, que mora lá, mostrou a sua
casa e a casa de sua irmã, lado a lado. A casa da irmã foi levada pelas águas,
e é considerada “segura”. A casa de Quintella, de dois andares e que abrigou
famílias na noite fatídica, ficou rotulada como “opcional”. Qual o critério
seguido para definir o que é exclusão, opcional e seguro? Em verdade, diz Rolf
com bom senso, seguras são as casas que não foram atingidas. Mas, no caso, se
ficássemos por aí, estaríamos falando apenas das conseqüências e não das
causas, e o que mais deve interessar são as causas. Fomos até às cabeceiras dos
rios e ficou evidente o desmatamento geral. A bacia do Cuiabá deve cobrir uns
60 klms² e cerca da metade da área está desmatada. O Inspetor do CREA ficou
horrorizado O problema foi provocado por esse desmatamento, pois não somente a
água não ficou retida pela vegetação, como a terra correu, transformando-se em
lama, provocando entupimentos e agravando em muito o drama. Não há meio de
diminuir o risco se não atacarmos as origens do problema. Calculo em 9 bi de
litros a água que desceu, quando poderia ter sido reduzida a um décimo disso,
se não tivesse ocorrido esse desmatamento descontrolado. As providências
emergenciais tomadas são também preocupantes. Pois os aterros com materiais
impróprios que foram feitos são novas causas de problemas no futuro. Precisamos
rever o reflorestamento e a condução da água; é possível, sim, foi o que fez o
Major Archer na Floresta da Tijuca que está lá, perfeita, até este momento.
Fica mais barato do que os trabalhos ora feitos, o resultado é muito mais
permanente, e se plantarmos fruteiras e árvores que possam assegurar exploração
inteligente estarão ajudando a economia da região. Evitar a erosão é algo
fantástico e faz parte das competências mais essenciais do INEA. Podemos
imaginar a verba necessária em torno de 30 milhões, muito mais barato e eficaz
do que os projetos que vêm sendo desenvolvidos e que não poderão resolver o
problema por não atacarem as causas. Eu penso que, à vista do laudo, o MP se
encaminhará para o estabelecimento de um TAC (termo de ajuste de conduta) o que
seria a melhor solução para Petrópolis. O laudo talvez não fique pronto até o
dia 14, quando o Promotor Vinícius Ribeiro promoverá uma grande reunião no
local, mas já poderemos levar um resumo e um Power point, que deixará muito
claro para todos o que aconteceu e o que deve ser feito. Dias depois, o laudo
estará pronto e será entregue ao Dr. Vinicius. Silmar acrescenta que o INEA
está recebendo 30 M
para executar 7 projetos que ninguém sabe quais são. Dizem, na ALERJ, que
Petrópolis irá receber parte de mais de 300 milhões em projetos, mas nem se
sabe quais são. Considerando a reunião do dia 14, Alvarães sugere que na
reunião do dia 13, coloquemos perguntas precisas no papel para ajudar a
Comunidade no dia seguinte. Rolf trará dados e sugerirá perguntas. Foi lembrado
que, após a reunião do dia 14 e em data a ser acertada entre a OAB e a UCP, de
um lado, e o MP, de outro, será definida a data do II Mutirão de Advogados, de
modo a tirar o melhor partido possível da reunião do dia 14. Lembramos que
todos os companheiros da FPP que se dispuserem a assistir à reunião do dia 14
são bem-vindos.
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